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Mostrando postagens de junho, 2015

Home is where your heart is

Conheço essa frase há tantos anos... Mas nunca ela me fez tanto sentido quanto faz agora.
Deixei meu coração no Rio Grande do Sul, in every possible way. Família, irmãos por opção, minha namorada. Costumes, paixões, modos de viver e de levar a vida. Liberdade.
Tudo isso me completa e, aqui onde hoje estou, me faz falta.
Me descubro cada dia mais obcecado por aprender tudo o que puder, logo, rápido, para, quem sabe, viabilizar um retorno antecipado à terrinha.
Ver minhas afilhadas, brincar com meu irmão (e descobrir de novo que ele cresceu e tomou meu lugar, me enchendo de orgulho). Tomar um chimarrão com a vó, ou uma Polar e um Xis Picanha com o Ozga, falando sobre tudo e sobre nada em especial. Passear pela chácara, rever a casa que um dia seria minha, mas que, por destino um tanto quanto previsível, nunca ficou pronta e, se um dia ficar, não será por nossas mãos.
Ver o dindo cantar, e eu mesmo pegar meu violão, nem que seja só pra arranhar as cordas. Gincanear ao lado de grandes mentes e, com elas, me tornar sempre mais. Ver a minha prainha, de água limpa e parcerias infinitas (mas que, outra vez o destino, cada vez em menor número).
Curtir um domingo frio com pinhão e lareira. Dar uma banda pela serra e me maravilhar com a vista. Acelerar na freeway só pra sentir o vento na cara.
Tudo isso me assalta, turbulentamente. Essas vontades que só podem se satisfazer em casa...

Mas não pensem que isso é um lamento. Longe disso, são apenas vontades! Me sinto feliz de saber que, mesmo com dificuldade tamanha, tenho a força de seguir aqui.
Não tem sido fácil, mas, percebo que também não tem sido ruim. Incompleto, apenas.
Mas sei que volto, ainda mais apto a viver, a trazer felicidade não só pra mim, a fazer o que eu gosto e ganhar dinheiro com isso, a construir e realizar sonhos dos mais diversos, sejam eles simples ou não.

Por ora, vou ali comer um algodão doce :)

Saudações

Acabo de chegar em casa.
Um dia atípico como o de hoje mereceu um final tão atípico quanto.
E o foi.

Anoiteceu.
Fui à praia. Pela primeira vez, pisei meus pés em areias cariocas.
Me exercitei. Treinei acrobacia. Percebi que perdi a força que tinha. Me alonguei. Percebi que voltei a estar curto.
Comi um xis no Quiosque do Gaúcho. Quase gaúcho, o xis. Mesmo assim, aceitável.
A trilha sonora da refeição foi Barão Vermelho. Preciso reafirmar:
"Saudações a quem tem coragem,
Aos que estão aqui pra qualquer viagem!
Não fique esperando a vida passar tão rápido!
A felicidade é um estado imaginário!"
E, para ser mais agradável, a vista da refeição foi o panorama da Baía de Guanabara. As luzes acesas, piscantes. Os picos desde Niterói ao fim do Rio de Janeiro. O Cristo Redentor (ou "Crishto", como chamam por aqui).
Vi uma estrela cadente.
Sei bem o meu desejo.



Com o perdão do sumiço, sinto que me entreguei.
Não consigo manter um diário, ou relatos em geral, porque a percepção da rotina me afoga.
Preferi viver essa rotina. Sem pensar muito no que deixo para trás, para não sofrer.
Sim, apenas finjo que nada está acontecendo, e, como que por mágica, nada acontece. O sofrimento fica de lado, só reaparecendo quando visito o meu Sul e torno à vida medíocre daqui.
Por sorte, tenho alguns bons amigos.
Por sorte, tenho o Minerva Baja pra me salvar.
(Pra quem desconhece, pesquise no Facebook e no Instagram, dê seus likes, e me deixe grato)
E, agora, por sorte, encontrei um meio de (quem diria?) estudar. Tem consumido muito tempo.

Mas não pense que os abandono. Não, isso nunca!
Apenas parei de correr atrás. Pus fim à frustração.
Espero que estejam mais felizes que eu.