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Mostrando postagens de setembro, 2014

Pois que se curve o espaço!

Há um tempinho, conheci uma garota.
Já havia ouvido falar; todos comentavam sua beleza, sua elegância.
Ninguém, entretanto, falava com a propriedade de quem a conhece.

Me apresentei.
Não é costumeiro, mas me apresentei.
Timidamente, embora parecesse o mais confiante ser que respirava naquele momento.
E foi assim, tímidamente, que conversamos.
E foi homeopaticamente que seguimos nos conhecendo.
A cada dia, a cada conversa, um novo mistério, uma nova surpresa que se revela.
Sempre bom, sempre fascinante.

Os dias desde que a conheci nunca têm sido tediosos.
Posso rasgá-la de elogios, e tudo o que ela vai fazer é rir, da situação, da minha cara, e emendar um outro assunto.
Posso xingá-la, e ela vai rir igualmente.
Posso perguntar o que for, já sabendo que a resposta vai ser misteriosa.
Ela nunca se revela por inteiro.
Esse é, na verdade, apenas um de seus vários encantos.
E ela é tão encantadora!

Gostaria que mais gente a visse dessa forma, eu acho.
Sempre há aquele ciúme bobo, aquele "eu a descobri, saiam de perto, meros mortais".
Mesmo assim, gosto quando mais alguém percebe suas qualidades fluírem nas mais variadas formas.

Enfim, estou tão próximo, trouxe ela pro meu mundo;
E ela é um universo.

Será que cabe?

Um aniversário

Hoje é aniversário da mulher da minha vida.
Da mulher que sabe dar valor e significado ao que é ser mulher.
Da mulher que me inspira.
Da minha guerreira.
Daquela que me faz seguir em frente.
Daquela que me dá a mão e me levanta sempre que eu caio.
Daquela que avisa, e depois não deixa de lembrar: "eu avisei".
Daquela que compartilha comigo toda a felicidade.
Daquela que divide comigo os pesados fardos provenientes do simples fato de estarmos vivos.
Daquela em cujo lar eu chego, tarde da noite, e sou recebido com um sorriso e um convite para um café.

Hoje é aniversário da minha mãe.

Obrigado por me ter trazido a esse mundo, por ter me carregado dentro de ti, e nos teus braços, como por vezes ainda carrega.
Espero que se reflitam em ti as lágrimas de alegria que rolam agora nas maçãs do meu rosto.
Esse é só mais um, de muitos anos de uma vida completa em todos os fatores.
Plenitude, minha mãe.

Eu te amo!


Dos vampiros dolorosos

Sobre o vídeo de decapitação a facadas que fizeram questão de que eu visse, hoje: qual a necessidade?
Não foi a violência e brutalidade que me chocaram, tampouco a naturalidade com que os executores o fizeram, mas duas coisas muito me incomodaram: 1) por que, depois de tantos anos de evolução, de socialização, de pacificação, ainda há áreas em que o comum é a vida na ponta da faca, na brutalidade extrema, fazendo da violência o quotidiano? e 2) por que, diabos, é grande a parcela da população que não vive a violência, mas que dedica seu tempo a procura-la, seja virtualmente, em jogos e filmes, seja buscando imagens de acidentes e brutalidades, seja dando aquela reduzida na velocidade do carro para tentar ver a causa de um engarrafamento.
(Não, moralista aqui não tem vez, só lamento)
As pessoas vivem viciadas nessa vibe de tristeza, de violência, de desgraça. É ocorrer a tragédia, já se aglomera a multidão querendo "se alimentar" de toda a dor que puder observar.

Será tão difícil se desviciar dessa coisa ruim, toda? Lembro que não foi, há anos, para mim. Mas cada um tem seus vícios e virtudes.
Só espero mais amor, por favor.