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Mostrando postagens de janeiro, 2015

Amargo

Tempos tempestuosos novamente
Outra vez nu frente aos olhares inquisidores de entes queridos e amigos próximos que desaprovam.
Dessa vez, desesperado por enfrentar isso sentindo-me uma criança.
Porque, afinal, uma das coisas que sempre considerei tão apaixonante nela é sua capacidade de me fazer sentir criança novamente.
Mas, piá que sou, tenho medo.
Tenho receio.
Não tenho alguém disposto a confortar verdadeiramente.
É sempre um olhar de pena, e o desejo de estar fazendo algo melhor que vendo eu definhar, pouco a pouco.
Ninguém profere "vai dar certo".
Ninguém exceto eu.
Mas há coisas, há momentos, em que a vontade é desistir.
E sinto o mesmo no lado oposto.
Eu sinto muito.


Estou sozinho.
Não só nessa, mas constantemente.
Sinto falta dos amigos, e, juro, dessa vez, não afastei ninguém!
Não me entreguei por completo (e agradeço por ter o bom senso de não o fazer novamente).
Mesmo assim, todos estão cuidando de suas vidas, e nem mesmo meus pais são de grande ajuda, agora.
Bem, eles me querem bem, mas não querem ajudar. Não sabem como. Nunca souberam.
Por isso, eu tenho o melhor irmão do mundo. Aquele que já tem demais com que lidar. Aquele que é mais forte, mais inteligente e, por vezes, mais sábio.


Não há doce que me faça parar de sentir esse amargo.
Acreditem, eu tentei, e meu estoque de chocolate está bem baixo, já.
Não há pôr do sol, não há música, não há dança que me faça sair dessa letargia.
E, portanto, não estranhem se eu sumir, se eu me for sem avisar.
Se devo estar sozinho, que eu encontre prazer nisso.

Obrigado pela atenção e paciência costumeiras.