O declínio das tradições juninas
Vinte e quatro de junho: dia de São João. Logo me lembro das grandes quermesses, altas fogueiras, guloseimas em quantidade, sorrisos, alegria. Entretanto, é apenas uma lembrança, pois não mais reconheço esses detalhes, nem tampouco percebo o "clima caipira".
"Onde estão as bandeirinhas?", eu me pergunto. Já não mais encontro as ricas, sem deixar de ser simples, decorações juninas. Não encontro mais os meninos usando chapéus de palha e bigodes desenhados, nem as meninas e seus vestidos cheios de babados, suas tranças e suas bochechas cor-de-rosa, cheias de pintinhas. Não vejo camisas xadrez, calças remendadas, danças de quadrilha, recadinhos anônimos, a tradicional brincadeira da pescaria. Não sinto mais aquela sensação de paz, de que todos buscam a ingênua diversão caipira.
Mesmo o comércio, o qual via, aí, grande oportunidade de lucro, não tem suas vitrines enfeitadas com balões de papel e correntinhas penduradas. O marketing televisivo também não usa mais o tema das festividades. A cada ano, festas menores, e em muito menor quantidade. Tomando como exemplo a Fundação Liberato, podemos verificar que, embora tenha sido uma evolução o retorno da festa junina, temos festejos fracos,desinteressantes, até, o que contrasta fortemente com as tradições de vinte e cinco anos atrás, conforme contam Iole Schmindt e Luciano Lawisch, estudantes da época e, afortunadamente, meus pais. Segundo eles, naquele tempo a festa não durava apenas um dia; durava uma semana, com eventos e atividades tradicionalistas organizadas tanto por alunos quanto pela escola. Todos vinham a caráter, participavam, se divertiam, dançavam, pulavam, riam!
E hoje? Hoje, apenas uns poucos que guardam boas lembranças e, assim como eu, insistem em tentar manter vivas as tradições festivas, permitindo que outros também tenham, ali, seus bons momentos.
___________________________________________________
Só pra constar que o texto é de uns dias antes do dia de São João, e, tendo sido recebido de volta só no presente, posto-o aqui tal como o escrevi.
"Onde estão as bandeirinhas?", eu me pergunto. Já não mais encontro as ricas, sem deixar de ser simples, decorações juninas. Não encontro mais os meninos usando chapéus de palha e bigodes desenhados, nem as meninas e seus vestidos cheios de babados, suas tranças e suas bochechas cor-de-rosa, cheias de pintinhas. Não vejo camisas xadrez, calças remendadas, danças de quadrilha, recadinhos anônimos, a tradicional brincadeira da pescaria. Não sinto mais aquela sensação de paz, de que todos buscam a ingênua diversão caipira.
Mesmo o comércio, o qual via, aí, grande oportunidade de lucro, não tem suas vitrines enfeitadas com balões de papel e correntinhas penduradas. O marketing televisivo também não usa mais o tema das festividades. A cada ano, festas menores, e em muito menor quantidade. Tomando como exemplo a Fundação Liberato, podemos verificar que, embora tenha sido uma evolução o retorno da festa junina, temos festejos fracos,desinteressantes, até, o que contrasta fortemente com as tradições de vinte e cinco anos atrás, conforme contam Iole Schmindt e Luciano Lawisch, estudantes da época e, afortunadamente, meus pais. Segundo eles, naquele tempo a festa não durava apenas um dia; durava uma semana, com eventos e atividades tradicionalistas organizadas tanto por alunos quanto pela escola. Todos vinham a caráter, participavam, se divertiam, dançavam, pulavam, riam!
E hoje? Hoje, apenas uns poucos que guardam boas lembranças e, assim como eu, insistem em tentar manter vivas as tradições festivas, permitindo que outros também tenham, ali, seus bons momentos.
___________________________________________________
Só pra constar que o texto é de uns dias antes do dia de São João, e, tendo sido recebido de volta só no presente, posto-o aqui tal como o escrevi.
Comentários
Postar um comentário