Blackbird
Tenho andado longe.
Não, não é música do Cartolas, muito embora Preto e Branco seja a música que mais se aproxima da minha vida hoje.
A verdade é que, inconsciente mas desejosamente, me isolei.
Me isolei até de gente bem próxima, reconheço.
Sinto falta de várias dessas pessoas, inclusive.
Entretanto, tenho vivido mais feliz nesse isolamento.
Os últimos dias têm sido de eu com a minha vida, eu fazendo o que quero e/ou preciso fazer.
Os últimos dias têm sido mais meus.
Tenho dado menos explicações (o que chateia algumas pessoas, eu sei, perdão por isso).
Tenho estado mais leve.
Tenho gastado menos, mesmo saindo mais.
Tenho vivido mais, mesmo que só.
Tenho aproveitado a minha companhia, como não aproveitava desde a infância.
Tenho me conhecido e, me conhecendo, apreciado ser quem sou.
Meus valores estão cada vez mais claros.
Cada vez mais me anojo com a humanidade.
Temos um potencial infinito de criar o bem e espalhar o amor (e, reconheço, muitos o fazem).
Vivemos, entretanto, num mundo em que imperam o dinheiro, o poder, as convenções sociais.
Isso não cabe mais na minha concepção de mundo.
Dinheiro foi uma invenção boa, útil, quando não era um deus.
Hoje, quase tudo que fazemos é pelo dinheiro.
O poder é outra coisa angustiante.
Milhões de pessoas são mantidas emburrecidas, miseráveis, sem saúde nem grandes condições de melhoria.
Que grande surpresa seria inverter as relações de poder, não?
Por fim, convenções sociais.
Não aceito mais ninguém me dizendo o que é ou não aceitável fazer.
Tenho fortes discussões com quem me diz o que pensa baseado em seus valores, desde que esses tenham a visão de que são os seus valores, não os meus.
Isso me estimula, inclusive.
Mas não aceito muito mais julgamentos.
Deixo que digam, que pensem, que falem.
Sigo fazendo da minha forma.
E vou seguir do mesmo jeito, enquanto o aprendizado não muda meus jeitos.
Estou feliz que, aos poucos, definições de gênero, sexualidade e etc estejam caindo por terra.
Da mesma forma, estou extremamente agradado pela crescente (ainda que pequena) aceitação de outras formas de se relacionar.
Vejo amizades coloridas, poliamores, alguns tipos de relação cujo rótulo nem foi inventado (ainda).
É como ver cores pouco usadas entrando, aos poucos, na normalidade do mundo.
Às vezes, é como enxergar novas cores, como aquelas pessoas com o 4º tipo de cones nos olhos.
Aos poucos, me livro do que me pesa.
Aos poucos, me livro do que me prende.
E, quando menos se espera, eu alço voo.
Tomo meu rumo a territórios ainda inexplorados
Não, não é música do Cartolas, muito embora Preto e Branco seja a música que mais se aproxima da minha vida hoje.
A verdade é que, inconsciente mas desejosamente, me isolei.
Me isolei até de gente bem próxima, reconheço.
Sinto falta de várias dessas pessoas, inclusive.
Entretanto, tenho vivido mais feliz nesse isolamento.
Os últimos dias têm sido de eu com a minha vida, eu fazendo o que quero e/ou preciso fazer.
Os últimos dias têm sido mais meus.
Tenho dado menos explicações (o que chateia algumas pessoas, eu sei, perdão por isso).
Tenho estado mais leve.
Tenho gastado menos, mesmo saindo mais.
Tenho vivido mais, mesmo que só.
Tenho aproveitado a minha companhia, como não aproveitava desde a infância.
Tenho me conhecido e, me conhecendo, apreciado ser quem sou.
Meus valores estão cada vez mais claros.
Cada vez mais me anojo com a humanidade.
Temos um potencial infinito de criar o bem e espalhar o amor (e, reconheço, muitos o fazem).
Vivemos, entretanto, num mundo em que imperam o dinheiro, o poder, as convenções sociais.
Isso não cabe mais na minha concepção de mundo.
Dinheiro foi uma invenção boa, útil, quando não era um deus.
Hoje, quase tudo que fazemos é pelo dinheiro.
O poder é outra coisa angustiante.
Milhões de pessoas são mantidas emburrecidas, miseráveis, sem saúde nem grandes condições de melhoria.
Que grande surpresa seria inverter as relações de poder, não?
Por fim, convenções sociais.
Não aceito mais ninguém me dizendo o que é ou não aceitável fazer.
Tenho fortes discussões com quem me diz o que pensa baseado em seus valores, desde que esses tenham a visão de que são os seus valores, não os meus.
Isso me estimula, inclusive.
Mas não aceito muito mais julgamentos.
Deixo que digam, que pensem, que falem.
Sigo fazendo da minha forma.
E vou seguir do mesmo jeito, enquanto o aprendizado não muda meus jeitos.
Estou feliz que, aos poucos, definições de gênero, sexualidade e etc estejam caindo por terra.
Da mesma forma, estou extremamente agradado pela crescente (ainda que pequena) aceitação de outras formas de se relacionar.
Vejo amizades coloridas, poliamores, alguns tipos de relação cujo rótulo nem foi inventado (ainda).
É como ver cores pouco usadas entrando, aos poucos, na normalidade do mundo.
Às vezes, é como enxergar novas cores, como aquelas pessoas com o 4º tipo de cones nos olhos.
Aos poucos, me livro do que me pesa.
Aos poucos, me livro do que me prende.
E, quando menos se espera, eu alço voo.
Tomo meu rumo a territórios ainda inexplorados