Soneto Livre dos Pássaros (Também Livres)
Pássaro branco
paira no ar,
plana no alto,
tão belo, altivo,
sempre a voar.
Pássaro negro,
nunca a cantar,
negras as asas,
ouve das folhas
seu farfalhar.
Quão fácil de amar,
Oh, pássaro branco,
Vós que sois tão alegre?
Mas quem vê a real beleza,
ante amarga tristeza,
do negro pássaro a crocitar?
paira no ar,
plana no alto,
tão belo, altivo,
sempre a voar.
Pássaro negro,
nunca a cantar,
negras as asas,
ouve das folhas
seu farfalhar.
Quão fácil de amar,
Oh, pássaro branco,
Vós que sois tão alegre?
Mas quem vê a real beleza,
ante amarga tristeza,
do negro pássaro a crocitar?