Do cansaço emocional

Estou numa montanha russa. Subo e desço vertiginosamente em intervalos pequenos demais. Isso é estressante demais pra alguém que já estava cansado de ser forte.
Me cansa ver que não há muito o que fazer: somos apenas formiguinhas vivas ou engrenagens mortas. As poucas formiguinhas eventualmente acabam prensadas entre duas engrenagens, e lá se foi um pouco de vida do mundo. É tudo tão superficial, tão alienado, que me revolta. Revolta, sim, e não adianta dizer que eu sou mais um punk. Não sou, e tô muito longe disso. Sou factual e realista, e, ah!, isso eu sou, pra caralho!
Pensei sobre as formiguinhas no ônibus (sim, Laís, todos temos nossas histórias do grande carro!), enquanto conversava com uma amiga. Conheço-a desde seu ingresso na Liberato, e era uma das pessoas mais vivas, mais dinâmicas, cheia de ideias e maneiras de fazer com que tudo fosse melhor. Não se entregava ao comodismo, muito menos à preguiça. Hoje, tá lá, achatada pelas pancadas e desilusões da vida. Gradualmente se tornando mais uma engrenagem nesse sistema-sem-fim.
Claro que tenho muitas coisas excelentes na minha vida! A escola e o mundo inteiro que ela representa. Minha história. Minha família, toda. A Vick, a Carol, as Marias, a Ana, a Duda, os Diogos, o Tomate, o Stumpf, o Corrêa, o Renato, só pra lembrar alguns. Os meus tão amados livros, que, por questões de tempo, me deixam tanta saudade... Mas há a maldita contrapartida. Pressão, saudade, falta, vício, cobrança. Tudo o que tanto me sufoca agora (e eu não acho que meu atual problema na garganta não seja causado por um dos problemas citados). E, pra melhorar, houve hoje um cara que escolheu a hora errada pra "queimar" o cara errado, e sem motivo. Não que eu vá tomar medidas drásticas, mas, porra, é foda não me afetar.
Enfim, nem eu sei, mais. Escrevi um texto desconexo, mas com alguns pontos que eu precisava ressaltar. Se leu até aqui, obrigado, de fé!

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